terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Mais um para a colecção

Esta semana estivemos a pesquisar sobre:

Maria - Desporto, História e Modo de Vida
Teresa - Nada... (acabei a lolita eheh)
Sofia - Religião, Alimentação e Tecnologia

Hoje vamos falar do estilo lolita, algo em que eu (Teresa) estive a engonhar durante as últimas duas semanas... ^^'

O estilo Lolita:

Lolita é um famoso estilo de rua japonês, inspirado pela moda e acessórios da época do Rococó e Vitoriana. Esta moda começou no Japão em 1980 e tem-se desenvolvido bastante, tornando-se relativamente popular em várias partes do mundo.

O termo "Lolita" pode ser um pouco estranho quando ouvido pela primeira vez, no entanto, este termo teve origem na novela de Vladimir Nabokov, com o mesmo nome. Assim, este estilo é caracterizado por utilizar muitos laços, rendas, saias rodadas, fitas e outros artigos que dão um ar tanto infantil, como elegante. No entanto, é difícil de caracterizar o estilo em si podendo este ser mais comummente comparado ao estilo de uma boneca de porcelana antiga.

Esta moda divide-se em várias subclasses de que vamos falar, carregando no nome do estilo serão conduzidos a uma imagem que exemplifica (os termos estão em inglês porque são usados assim no Japão):


  • Gothic Lolita (Lolita Gótica): Provavelmente o termo mais usado para lolitas e, portanto, o primeiro da lista. Este estilo incorpora os temas e cores mais escuras, como preto, branco, roxo, e acessórios como cruzes e véus, conhecidos do estilo gótico ocidental. No entanto, este estilo não tem um ar pesado e é sempre coordenando com os artigos que o caracterizam e a elegância de uma dama.

  • Sweet Lolita (Lolita Doce): Se em cima estava o termo mais usado, este sem dúvida é o estilo mais usado e também mais colorido e infantil. Como o nome indica, é um estilo doce, caracterizado pelas cores claras como rosa, azul-bebé e amarelo claro e motivos como morangos, bolos, doces e flores. Pode-se mesmo basear em histórias como "O Capuchinho Vermelho" ou "A Cinderela".

  • Hime Lolita (Lolita Princesa): Este é um estilo mais baseado no Rococó do que no Vitoriano e é muito à base de acessórios que uma princesa usaria, como pequenas coroas ou tiaras, ceptros, penteados complicados e vestidos mais extravagantes do que a típica saia em forma de sino. É, talvez, o estilo mais feminino e original e também um estilo difícil para quem pratica a cultura, porque tem de transparecer realeza e classe.

  • Shiro Lolita (Lolita Branca) e Kuro Lolita (Lolita Negra): Estes dois estilos combinam bem porque são opostos. As Shiro Lolitas, como o nome indica Lolitas Brancas, vêem-se todas vestidas de branco e andam frequentemente com as suas anónimas, as Kuro Lolitas, que, por sua vez, se vestem todas de preto.

  • Classical Lolita (Lolita Clássica): Este estilo é um pouco mais maduro sem, no entanto, descurar a fofura do Lolita original. No geral, utilizam-se estilos mais sóbrios e com menos laços, e as cores mais escuras, como vermelhos, são mais usadas, assim como os padrões florais. É um estilo mais clássico que sugeria um chá, uma festa ou uma ida à igreja.

  • Country Lolita (Lolita do Campo): Este estilo é, basicamente como o da Sweet Lolita, no entanto, com algumas modificações. Este conta com a utilização de acessórios como os chapéus, as sombrinhas ou os cestinhos de piquenique. Porque é mesmo objectivo da Country Lolita parecer que vai fazer um piquenique. São comuns as cores azuis e vermelhas, assim como os padrões de xadrez ou de morangos, tão associados a este ambiente.

  • Sailor Lolita (Lolita Marinheira): Como o nome indica, esta é uma versão lolita do habitual estilo de marinheiro. As saias costumam ter as típicas riscas e as camisas têm gola de marinheiro e gravatas. Em vez das habituais bandoletes, são usados chapéus de marinheiro. As cores predominantes são o azul-escuro e o branco.

  • Wa/Oriental Lolita (Lolita Oriental): Estas lolitas são inspiradas nos trajes japoneses como o kimono e o yukata, de que já falámos aqui. São usadas estampas orientais ou, o caso dos yukatas, utilizam-se padrões mais engraçados para não fugir muito ao estilo. Este é caracterizado pela utilização do obi (a faixa de seda que ata o kimono) e de mangas largas. Também existem versões deste estilo para os fatos tradicionais chineses (os qipaus), chamadas Qi Lolitas ou mesmo versões de fatos coreanos.

  • Guro Lolita (Lolita Magoada/Grotesca): Neste estilo, qualquer tipo de roupas de Lolita serve, embora se vejam, geralmente, mais Goth e Punk Lolitas. Os acessórios mais utilizados são os tapa-olhos, as ligaduras, as fitas a imitar braços partidos, marcas de sangue e outros artigos que dêem um estilo de "boneca quebrada". No entanto, apesar da descrição, este estilo tanto pode parecer assustador como fofo, dependendo do gosto das pessoas.

  • Punk Lolita (Lolita Punk): Uma mistura entre o Punk ocidental e o estilo lolita, a Lolita Punk é difícil de conseguir. Geralmente são utilizados elementos punk como correntes, gravatas e caveiras com os elementos habituais de uma lolita. Embora tenha um estilo mais pesado, é sempre importante que haja alguam fofura.

  • Kodona (Estilo de rapaz): Este é um estilo que pretende fazer parecer um rapaz querido, embora seja bastante utilizado por mulheres. É uma mistura entre o estilo dandy ou aristocrata. Geralmente utilizam-se calças ou fatos completos como os da época vitoriana. As pequenas cartolas também são muito utilizadas assim como o estilos de cabelo curto.
Bibliografia:
http://www.lolitafashion.org/
http://lolita-handbook.livejournal.com/3035.html#cutid1

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Xintoísmo! ^^

Vamos agora falar sobre o xintoísmo, considerada a principal religião do Japão. ^^



O que é?

Conjunto de ritos e mitos que explicam a origem do mundo, do Japão e da família imperial japonesa. Os protagonistas desses mitos eram os Kamis, segundo ensinam, eram deuses ou energias divinas que habitam todas as coisas e sucedem-se por gerações, desde a criação do mundo. Recebeu o nome de Xintoísmo (caminho dos deuses) para distinguir-se do Budismo e do Confucionismo.


Xintoismo...

O termo xinto, quer dizer "caminhos dos deuses". O xintoísmo é a religião nacional do Japão, que se constitui de crenças e práticas religiosas. Ao contrário da maior parte das crenças actuais, xintoísmo não possui um fundador específico como; livro sagrado, dogmas (ponto fundamental e indiscutível de uma crença religiosa) ou código moral.
A tradição do xintoísmo foi criado antes do budismo e ganhou força no Japão no século VI.
90% da população japonesa é xintoísta e 3 milhões de pessoas praticam o Xintoísmo tradicional.
O número de santuários por todo o país é grandíssimo. Desde um jardim, um templo, uma gruta e até em casa, as pessoas constroem santuários para as divindades. Os seguidores fazem orações e oferecem sacrifícios de bolos e flores aos Kamis. Em certas ocasiões, os sacerdotes realizam rituais de purificação e renovação chamado de matsuri.
O culto xintoísta é realizado no templo dos Kamis locais, feito de madeira e, segundo a tradição, reconstruído a cada vinte anos. Nas festas religiosas, uma estátua do Kami ou um emblema que o simboliza é transportado pelas ruas em um andor, chamado de mikoshi. O símbolo do Xintoísmo é um porta de madeira, chamada de Tori. Todas as entradas dos santuários xintoístas possuem este Tori, que consiste de duas colunas ligadas por duas vigas. As colunas reprentam os alicerces que sustentam o céu, enquanto as vigas simbolizam a terra.
Existem muitos santuários xintoístas no Japão mas o Itsukushima Jinja é universalmente reconhecido como um dos mais belos e bem conservados e constitui o melhor exemplo de arquitectura tradicional e valiosa técnica artística, integrada numa paisagem natural extraordinária.
Uma vez que o ltsukushima-jinja se encontra construído sobre o mar sofreu danos frequentes ao longo dos tempos, especialmente o grande Torii, que sofreu múltiplas reconstruções, a última das quais em 1875.






Fig. 1 - itsukama-jinja



Fig. 2 - Tori





História do Xintoísmo


Segundo os mitos do Xintoísmo, os deuses criaram o Japão e o seu povo. Até os meados do século XIX, os japoneses adoravam o imperador, como um descendente directo de Amaterasu-Omikami, a deusa do sol e mais importante natureza divina da religião. E em 1868, o governo japonês, instituiu o Xintoísmo como religião oficial do país. Porém, depois da derrota japonesa na II Guerra Mundial (1939-1945), o imperador Hiroíto renunciou ao caráter divino atribuído à realeza, e a nova constituição do país passou a defender a liberdade de religião.

Fig. 3 - Deusa do Sol, Amaterasu-Omikami


Culto

Finalidade do culto xintoísta

As práticas do Xintoísmo têm a finalidade de se dirigirem aos kami, para que escutem a oração dos fiéis. As orações podem ter diversos sentidos: pedidos (relacionados com a vida do dia-a-dia ou com alguma ocasião importante); acções de graças (por um benefício concedido, uma meta atingida, um obstáculo ultrapassado); promessas de acção futura em favor dos homens e da sociedade; tentativas de moderar a fúria dos kami, irritados por alguma coisa; ou, muito simplesmente, para os louvar, rendendo-lhes homenagem sincera, sem esperar propriamente nada de especial em troca.
Através de vários elementos, os fiéis podem estabelecer relação com os kami, relação muitas vezes de carácter filial, em que uma divindade é tutelar de dada região ou localidade. Os "paroquianos" estabelecem especial ligação com esse kami, que os atende e protege, nos mais variados acontecimentos da sua vida.



Organização sacerdotal


Os santuários têm ao seu serviço um número variável de sacerdotes, que neles dirigem os ofícios de vários modos. São designados por kannushi, que significa "pessoa que pertence ao kami". A sua principal função é a de servir e adorar os kami e servir como um elo entre eles.
Não costumam falar em público mas hoje em dia, porém, os sacerdotes pregadores começam a ser estimados. Não são considerados como chefes ou guias espirituais, mas sim como oficiantes de actos de culto
, a pedido dos fiéis e em seu benefício.
O sacerdócio
xintoísta é aberto às mulheres. As sacerdotisas têm mesmo tendência a aumentar, até mesmo algumas à frente de grandes templos. O sacerdócio feminino desenvolveu-se no Japão após a 2ª Guerra Mundial
. Para além de sacerdotisas, as mulheres podem ainda ser mikos. Uma miko é uma virgem que leva uma vida conventual, ajudando os sacerdotes a executar os ritos nos templos e executando as danças sagradas. Exercem estas funções durante cinco a dez anos.
Os sacerdotes repartem-se por várias categorias. A mais elevada é a de Princesa consagrada ao kami, uma princesa virgem da família imperial. Actualmente, só existe uma, no santuário de Ise. Em seguida, temos o Grande Sacerdote, à frente de cada santuário, e depois o restante clero, que se reparte por funções diferenciadas.
Presentemente a formação de um sacerdote xintoísta é garantida pela frequência de um curso nas Universidades de Kokugakuim e na Universidade de Kogakkan
.
Os sacerdotes, uma vez consagrados, mantêm as suas funções habitualmente toda a vida, mesmo não sendo obrigados a exercê-las.
Moram fora do santuário, com exceção do Grande Sacerdote. Os sacerdotes xintoístas podem casar
e fundar uma família
, o que geralmente fazem.



O vestuário


As roupas deles apresentam uma grande beleza artística, de raízes nos séculos passados, mas só são utilizadas nos santuários e em ocasiões especiais na rua. A arte do vestuário para o culto fica completa com um toucado especial e sapatos próprios. Sobre a testa de um "Yamabushi", coloca-se uma pequena caixa preta chamada "tokin", que é amarrada à sua cabeça com um cordão preto. Durante as cerimónias, os sacerdotes costumam trazer também uma espécie de ceptro de madeira, que tem um significado purificador, mas sobre o qual não recai qualquer tipo de veneração.
Fora das funções rituais, os sacerdotes não usam qualquer tipo de sinal exterior, que os distinga dos
outros.

Fig. 4 - Vestuário de um sacerdote
Bibliografia:

sábado, 6 de dezembro de 2008

Desporto (finalmente -.-)

Agora as coisas da maria, finalmente depois de tanto tempo ^^
Vamos falar sobre os desportos mais conhecidos no japão...
Sumô
Com cerca de 2.000 anos de história o sumô, é considerado o desporto nacional do Japão. É, também, o mais popular do país. Os campeonatos atraem multidões aos ginásios, as emissoras de TV transmitem as lutas ao vivo, e jornais rádios e televisão dedicam amplos espaços nos noticiários. Os lutadores são alvos de grande admiração e respeito por toda a população.
É caracterizado por dois lutadores grandes (sumotori) que se vestem usando cable lubrificado em topetes e uma faixa larga de seda de 80cm (mawashi). Os minutos antes da luta são gastos numa prepação psicológica para o bom desempenho. Eles lançam salgue no ar (uma sobra de rituais de purificação do Xintoísmo), agacham-se e encaram um ao outro. Então, de repente, saltam para a luta.
Usando uma das 70 técnicas oficiais, um lutador finalmente força o outro para fora do anel ou o faz tocar o anel com uma parte do corpo que não sejam as solas dos pés. Então, é declarado vencedor pelo árbitro (gyoji). Uma câmara do tribunal sentada ao lado do anel "ringside" às vezes pode conferenciar num caso incerto. Uma competição de Sumô normalmente termina em segundos e o próximo par de lutadores vem ao anel. Na maioria das lutas, os lutadores tentam apoiar-se na faixa do oponente que lhes dá maior facilidade para lançar o adversário ao solo, carregá-lo ou elevá-lo.
Chutar ou socar com punho fechado são os únicos movimentos proibidos conforme as regras.
Lutadores gastam horas diárias praticando técnicas, de forma que até mesmo lutadores pequenos têm uma chance de vitória.
A vida de um lutador de Sumô é difícil e exigente. A maioria é recrutada e por volta dos 15 anos de idade ingressam num alojamento onde vivem e treinam com outros lutadores.
Depois de um lutador se casar, pode morar no próprio domicílio
Este é um dos grandes festivais tradicionais do Japão. Sua origem remete
ao ano de 1136. Naquele tempo, as pessoas sofriam freqüentemente com epidemias e fome, causadas por chuvas e enchentes. Fujiwara-no-Tadanori, chefe conselheiro do imperador, evocou os deuses para o santuário "Wakamiya" e realizou rituais para que os desastres parassem.O festival inicia-se à meia-noite de 16 de dezembro. O sacerdote e um representante simbólico da divindade do santuário de Wakamiya, que é coberto por uma roupa branca, formam uma procissão conduzida por um fogo sagrado.
Às 13h do dia seguinte, uma parada parte da prefeitura e prossegue para o "otabisho", onde a divindade permanecerá ao longo do festival.As pessoas vestem-se com roupas dos períodos Heian e Kamakura (do século IX ao século XIII). O grupo que conduz a parada é o anfitrião do festival. O segundo grupo é composto por "miko", ou donzelas do santuário; o terceiro por uma trupe de dançarinos tradicionais; e o quarto por dançarinos que vão realizar a tradicional dança "noh". Um total de doze grupos caminha na parada em direção ao santuário Wakamiya, onde vão entreter os participantes do festival.


fig 1 - torneio de sumô

judo

O Judô é uma das artes marciais do Japão com um forte partidário internacional e é um desporto olímpico oficial desde 1964. Judô, literalmente denominado "modo da suavidade", foi desenvolvido de uma forma inicial da arte marcial desarmada, chamado jiu-jítsu (literalmente, a "técnica da suavidade"), instruído pelo continente asiático.Os judocas praticam tais técnicas golpeando, lutando, e atacando pontos vitais para autodefesa e para competição. Além disso, a prática do judô também significa desenvolver poderes mentais acentuados e estruturar uma atitude moral correta. A história do judô começa com a prática de técnicas de combate desarmado por guerreiros que lutaram no campo de batalha durante o período da guerra civil do Japão.
Quando a paz reinava sobre o Japão durante o período de Edo (1600-1868), essas técnicas eram incorporadas numa arte popular de autodefesa e treino mental e físico chamado jiu-jítsu que gerou 179 escolas.
. Agilidade é essencial e os movimentos do judô são soltos e naturais.
Na competição de judô do dia-moderno, uma partida começa depois dos competidores se curvarem um perante o outro e o juiz principal ter dado um sinal. Um ponto cheio, chamado ippon, é premiado por um golpe próspero, segurando, estrangulando, ou com a técnica
de junta-fechadura.Classificação dos Judocas: de 1 a 5 podem usar faixa preta; de 6 a 8, faixa vermelha e branca; e de 9 a 10, vermelha. Só podem ser usadas faixas coloridas depois de se qualificarem por séries de classes.




fig 2 e 3 - Técnicas de judô

Karate


Esse método de autodefesa desarmada não é considerado uma arte marcial japonesa tradicional, mas é livremente assim chamado fora do Japão. Como a palavra karatê (mão vazia) sugere, é uma arte de combate que não usa qualquer arma. Confia em golpes de braço (uchi), empurrões (tsuki) e pontapés (keri).
Os competidores são julgados de acordo com o que eles realizam num determinado tempo, energia e poder mental dentro de uma postura correcta. Algumas acções são consideradas sujas pelo fato de violarem o espírito do desporto. Historicamente, o que é conhecido no Japão como Karatê foi desenvolvido do boxe chinês chamado Quanfa (regras do punho), conhecido como Kung fu no Oeste.

fig 4 - tecnica de Karate

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Budismo!!! (finalmente)

Esta semana estivemos a pesquisar sobre:
Maria - Nada
Teresa - Vestuário e Entretenimento
Sofia - Religião e Geografia

Hoje vamos falar sobre o budismo, uma das principais "religiões" do Japão. Esperamos que gostem ^^

Budismo

  • Budismo é uma religião deixado por sakyamuni, o Buda histórico que viveu entre 563 e 483 a.C. Uma religião que se espalhou tão depressa de modo que hoje em dia, o budismo se encontra em quase todos os países do mundo.
  • Em geral, o budismo não é bem uma religião pois não existe um deus criador, mas também não é correcto chamá-la de um género de filosofia, pois tem mais do que uma absorção intelectual. Resumidamente, budismo não tem uma definição.
  • Os ensinamentos básicos do budismo são: evitar o mal, fazer o bem e "cultivar a própria mente".
  • O objectivo da desta filosofia humana é o fim do ciclo de sofrimento. Deve-se portanto eliminar a dor, pois com a eliminação da dor, atinge-se a paz interior, que significa o mesmo que felicidade.
  • Apesar do budismo não negar a existência de seres sobrenaturais (de facto, há muitas referências nas escrituras Budistas), ele não confere nenhum poder especial de criação, salvação ou julgamento a esses seres, não compartilhando da noção de Deus comum às religiões abraâmicas (judaísmo, cristianismo e islamismo).
  • Um conceito importante, que de certa forma sintetiza a visão do mundo budista, é o das três marcas da existência: a insatisfação (Dukkha), a impermanência (Anicca) e a ausência de um "eu" independente (Anatta).
  • A flor de lótus e a cruz suástica são símbolos do Budismo.
  • A base do budismo é a compreensão das Quatro Nobres Verdades, ligadas à constatação da existência de um sentimento de insatisfação (Dukkha) inerente à própria existência, que pode no entanto ser transcendido através da prática do Nobre Caminho Óctuplo.

As Quatro Nobres Verdades


  • Um dos principais ensinamentos do Buda é aquele que é o conhecido como as Quatro Nobres Verdades. Ele constitui a base de todas as escolas budistas.

  • Buda expôs as Quatro Nobres Verdades no Dhammacakkapavattana Sutta [1] (Samyutta Nikaya LVI.11) da seguinte forma:

A primeira nobre verdade: "(...) esta é a nobre verdade do sofrimento: nascimento é sofrimento, envelhecimento é sofrimento, enfermidade é sofrimento, morte é sofrimento; tristeza, lamentação, dor, angústia e desespero são sofrimento; a união com aquilo que é desprazeroso é sofrimento; a separação daquilo que é prazeroso é sofrimento; não obter o que queremos é sofrimento; em resumo, os cinco agregados influenciados pelo apego são sofrimento (...)"

A segunda nobre verdade: "(...) esta é a nobre verdade da origem do sofrimento: é este desejo que conduz a uma renovada existência, acompanhado pela cobiça e pelo prazer, buscando o prazer aqui e ali; isto é, o desejo pelos prazeres sensuais, o desejo por ser/existir, o desejo por não ser/existir (...)"

A terceira nobre verdade: "(...) esta é a nobre verdade da cessação do sofrimento: é o desaparecimento e cessação sem deixar vestígios daquele mesmo desejo, o abandono e renúncia a ele, a libertação dele, a independência dele.(...)"

A quarta nobre verdade: "(...) esta é a nobre verdade do caminho que conduz à cessação do sofrimento: é este Nobre Caminho Óctuplo: entendimento correcto, pensamento correcto, linguagem correcta, acção correcta, modo de vida correcto, esforço correcto, atenção plena correcta, concentração correcta (...)"

História

  • Várias lendas afirmam que Siddhartha viveu no luxo, tendo o seu pai se esforçado por evitar que o seu filho entrasse em contacto com os aspectos desagradáveis da vida. Por volta dos 29 anos, o jovem Siddhartha decidiu abandonar a sua vida, renunciando a todos os bens materiais, e adaptando a vida de um renunciante. Praticou o ioga (numa forma que não é a mesma que é hoje seguida nos países ocidentais), e seguiu práticas ascéticas extremas, mas acabou por abandoná-las, vendo que não conseguia obter nada delas. Segundo a tradição, ao fim de uma meditação sentado debaixo de uma figueira, descobriu a solução para a libertação do ciclo das existências e das mortes que o atormentava.
  • Pouco depois decidiu retomar a sua vida errante, tendo chegado a um bosque perto de Benares, onde pronunciou um discurso religioso diante de cinco jovens, que convencidos pelos seus ensinamentos, se tornaram os seus primeiros discípulos e com que que formou a primeira comunidade monástica (sangha). O Buda dedicou então o resto da sua vida (talvez trinta ou cinquenta anos) a pregar a sua doutrina através de um método oral, não tendo deixado quaisquer escritos.
Difusão
  • A partir da Coréia e da China o budismo foi introduzido no Japão em meados do século VI. Em 593 o príncipe Shotoku declarou-o como religião do Estado, mas o budismo foi até à Idade Média um movimento ligado à corte e a aristocracia sem larga adesão popular (os missionários coreanos tinham apresentado à corte japonesa o budismo como elemento de protecção nacional). Durante a era Nara (710-794) Héian (794-1185) desenvolveram-se várias seitas. São deste último período a escola Shingon e Tendai. Durante a era Kamakura (1185-1333) o budismo populariza-se finalmente com as escolas Terra Pura, Nichiren Daishonin e Zen.
  • "O Budismo concentra-se na iluminação para a vida universal e no auto-aperfeiçoamento de acordo com tal iluminação."

Bibliografia:

http://fgs-temple.com.pt/Budismo.html